27 de outubro de 2021

Nem toda feiticeira é corcunda. Nem toda brasileira é só bunda. (Rita Lee.)

Busca ativa

Está em curso uma interessante iniciativa da distribuidora de energia Enel. Passado o período de tolerância para o pagamento, que é de quarenta e cinco dias após o vencimento da conta, funcionários da empresa estão entrando em contato direto com o consumidor em atraso oferecendo formas de parcelamento do débito antes de efetuar o corte do fornecimento.

Mutirão

Amanhã, quinta-feira, a Secretaria de Saúde da Prefeitura de Mangaratiba vai promover um mega Mutirão de Vacinação contra a COVID-19 na cidade. O evento irá acontecer em todas as unidades de Estratégia de Saúde da Família do município e no CRASP da Praia do Saco, das 8h às 15h. Poderão se vacinar com a 1° dose, 2° dose ou a dose de reforço, qualquer pessoa que tenha acima de 12 anos. Para participar do evento não será necessário realizar agendamento.

Mutirão II

Seguindo recomendações do Ministério da Saúde, o intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina Pfizer será de apenas de 30 dias. Sendo assim, quem já tiver cumprido esse intervalo poderá antecipar a aplicação da segunda dose. Não será preciso aguardar a data agendada no cartão de vacinação. O interessado deve comparecer aos locais de vacinação levando os seguintes documentos: CPF ou Cartão do SUS. Comprovante de Residência e o cartão de vacinação. Lembrando que a dose de reforço só é aplicada em idosos com 60 anos ou mais e profissionais de saúde que já tenham completado o intervalo de 06 meses após a segunda dose ou em imunossuprimidos com 18 anos ou mais que tenham completando o intervalo de 28 dias após a segunda dose.

Vale a pena ler

Desde os tempos do grupo musical “Os mutantes”, a então jovem cantora Rita Lee era taxada como algo “maluquinha”. Pois, explicando a frase lá de cima, que integra uma de suas músicas, ela dá uma verdadeira aula de feminismo e humanismo. Diz ela: “Eu tinha 13 anos, em Fortaleza, quando ouvi gritos de pavor. Vinham da vizinhança, da casa da Bete, mocinha linda, que usava tranças. Levei apenas uma hora para saber o motivo. Bete fora acusada de não ser mais Virgem e os irmãos a subjugavam em cima de sua estreita cama de solteira, para que o médico da família lhe enfiasse a mão enluvada entre as pernas e decretasse se tinha ou não o selo da honra. Como o lacre continuava lá, os pais respiraram, mas a Bete nunca mais foi à janela, nunca mais dançou nos bailes e acabou fugindo para o Piauí, ninguém sabe como, nem com quem. Eu tinha apenas 14 anos, quando Maria Lúcia tentou escapar, saltando o muro alto do quintal da sua casa para se encontrar com o namorado. Agarrada pelos cabelos e dominada, não conseguiu passar no exame ginecológico. O laudo médico registrou vestígios himenais dilacerados, e os pais internaram a pecadora no reformatório Bom Pastor, para se esquecer do mundo. Realmente, esqueceu, morrendo tuberculosa.

Estes episódios marcaram para sempre a minha consciência e me fizeram perguntar que poder é esse que a família e os homens têm sobre o corpo das mulheres? Ontem, para mutilar, amordaçar, silenciar. Hoje, para manipular, moldar, escravizar aos estereótipos. Todos vimos, na televisão, modelos torturados por seguidas cirurgias plásticas. Transformaram seus seios em alegorias para entrar na moda da peitaria robusta das norte americanas. Entupiram as nádegas de silicone para se tornarem rebolativas e sensuais, garantindo bom sucesso nas passarelas do samba. Substituíram os narizes, desviaram costas, mudaram o traçado do dorso para se adaptarem à moda do momento e ficarem irresistíveis diante dos homens. E, com isso, Barbies de fancaria, provocaram em muitas outras mulheres – as baixinhas, as gordas, as de óculos – um sentimento de perda de autoestima. Isso exatamente no momento em que a maioria de estudantes universitários (56%) é composto de moças. Em que mulheres se afirmam na magistratura, na pesquisa científica, na política, no jornalismo. E, no momento em que as pioneiras do feminismo passam a defender a teoria de que é preciso feminilizar o mundo e torná-lo mais distante da barbárie mercantilista e mais próximo do humanismo.

Segue

 Por mim, acho que só as mulheres podem desarmar a sociedade. Até porque elas são desarmadas pela própria natureza. Nascem sem pênis, sem poder fálico da penetração e do estupro, tão bem representado por pistolas, revólveres, flechas, espadas e punhais. Ninguém diz, de uma mulher, que ela é de espadas. Ninguém lhe dá, na primeira infância, um fuzil de plástico, como fazem com os meninos, para fortalecer sua virilidade e violência. As mulheres detestam o sangue, até mesmo porque têm que derramá-lo na menstruação ou no parto. Odeiam as guerras, os exércitos regulares ou as gangues urbanas, porque lhes tiram os filhos de sua convivência e os colocam na marginalidade, na insegurança e na violência. É preciso voltar os olhos para a população feminina como a grande articuladora da paz. E para começar, queremos pregar o respeito ao corpo da mulher. Respeito às suas pernas que têm varizes porque carregam latas d’água e trouxas de roupa. Respeito aos seus seios que perderam a firmeza porque amamentaram seus filhos ao longo dos anos. Respeito ao seu dorso que engrossou, porque elas carregam o país nas costas. São as mulheres que irão impor um adeus às armas, quando forem ouvidas e valorizadas e puderem fazer prevalecer a ternura de suas mentes e a doçura de seus corações. (Rita Lee Jones)

Autor: Prof. Lauro

Psicólogo, Professor Universitário, aposentado, e escritor, 72 anos, divorciado, três filhas e seis netos. Com residência de temporada em Itacuruçá desde 1950 e definitiva a partir da aposentadoria em 2001.

2 comentários em “27 de outubro de 2021”

  1. Vou ser, servidor no Haiti! Aliás o Haiti é logo aqui! Servidores do apoio escolar,estão fora do plano municipal de educação!(merendeiras, serventes, inspetores e apoio administrativo) não, vão beliscar a grana do fundeb. Data base atrasado, salário defasado. E o servidor que mora em outro município só recebe o equivalente a uma passagem! Estamos trabalhando sem uniforme!( Com as nossas roupas). Não aceito quando um cabo eleitoral desses políticos dizem que sempre foi assim! Não concordo!

  2. Só mangaratiba: Festa dos servidores, com direito a show de Sergio Malandro. Enquanto isso os funcionários efetivos, com salário de miséria. Alan Bombeiro. Pede para sair!

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