14 de setembro de 2021

O homem que rouba a confiança do outro é o pior dos ladrões. (Textos Judaicos)

Vitória de Pirro

Ao melhor estilo do ditado “farinha pouca, meu pirão primeiro”. A volta do caixa eletrônico para Itacuruçá anda deixando muita gente literalmente “na mão”. Reinstalado o equipamento e passando a operar a partir do último sábado, dia 4 de setembro, o ATM foi muito procurado nos últimos dias por moradores e visitantes. Todavia, talvez até mesmo por conta da grande procura, não demorou para que o mesmo apresentasse a frustrante frase: “este equipamento está indisponível para saque”. Quem precisou de dinheiro teve de ir a Itaguaí.

Confiança

Um inusitado incidente aconteceu há alguns dias em Itacuruçá. Um visitante estacionou seu veículo numa área controlada por flanelinha que, além da guarda do carro, oferecia serviços de lavagem do automóvel. Feito o contrato verbal de guarda e lavagem, o visitante informou que não havia pressa, pois iria passear nas ilhas durante o dia e só retornaria no final da tarde. Deixou as chaves em poder do mesmo, para que ele pudesse fazer a limpeza interna.  Para sorte de um e azar do outro, o tempo virou, frustrando o passeio do turista e sua família. Vai daí que, retornando ao local onde seu carro estaria estacionado e sendo lavado, não o encontrou. Chamadas feitas para as autoridades policiais e com a presença destes, descobriu-se que o tal “flanelinha” se aproveitou da confiança nele depositada e passava o dia utilizando o automóvel do cliente para fazer lotadas de passageiros entre o distrito e Itaguaí. Há relatos de que o mapa do GPS do veículo indicou que o carro circulou até mesmo em áreas conflagradas do município vizinho, como a comunidade do Carvão.

Área 2

Revisando a informação, divulgada aqui no blog na última semana, a respeito das restrições de navegação na área do terminal da Guaíba e boa parte daquela região, buscamos maiores informações na portaria indicada pelo comando do primeiro Distrito Naval na nota encaminhada ao blog. Em linhas gerais, diz a portaria: “A área de interior um é toda a Baía de Sepetiba exceto o que está delimitado pelo polígono irregular formado por: Uma linha reta que parte da Ponta do Sino (Ilha da Marambaia) e o Píer do Terminal de Minério da Ilha Guaíba (TIG); Uma linha reta entre o Píer do Terminal de Minério da Ilha Guaíba (TIG) até a Ilha Cutiatá-Açu; Uma linha reta entre a Ilha Cutiatá-Açu e a Ilha dos Arrependidos; Uma linha reta entre a Ilha dos Arrependidos e a Ilha de Sororoca; Uma linha reta entre a Ilha de Sororoca e o limite oeste da Praia de Conceição de Jacareí; Uma linha reta entre o limite oeste da Praia de Conceição do Jacareí e a Ponta de Castelhanos (Ilha Grande); e fechando a poligonal, uma linha reta entre a Ponta de Castelhanos (Ilha Grande) e Ponta do Sino (Ilha da Marambaia).

Área 2 – segue

Regras para navegação interior área 2. Nesta área é permitido o tráfego das seguintes embarcações: Classificadas para tráfego em “Mar aberto”; Classificadas para tráfego em “Área Interior dois”, desde que cumpram as seguintes limitações de segurança, além dos já prescritos nas Normas da Autoridade Marítima: Possuam propulsão à vela e/ou motor; Possuam comprimento superior a cinco metros; Sejam dotadas de luzes de navegação, uma luz circular branca e luzes de bordo encarnada e verde; Não houver previsão de degradação das condições meteorológicas; e as condições de mar estejam limitadas até força um na escala Beaufort = um à três nós de velocidade do vento e aspecto do mar encrespado em pequenas rugas, com aparência de escamas. Embarcações com menos de cinco metros, também poderão ser classificadas para tráfego nesta área, desde que sua documentação preveja tal liberdade (área interior dois) e cumpram os mesmos requisitos de segurança acima, para a respectiva área. Para isso, o interessado deve dar entrada em processo de alteração de dados para sua embarcação, apresentando laudo emitido por engenheiro naval, com emissão de ART, especificando a garantia da sua estabilidade para sua navegação naquelas águas. O tráfego das embarcações de transporte de passageiros, escunas e saveiros homologadas para a área interior dois está condicionado a: Embarcações com propulsão que transportem qualquer número de passageiros e todas as demais embarcações com propulsão e AB maior ou igual a vinte, sejam dotadas de pelo menos, um equipamento de radiocomunicação em VHF fixo com potência maior ou igual a 25W e que disponha da frequência de chamada de socorro 156,8 MHz (canal dezesseis), deverá possuir a licença rádio emitida pela Agência Nacional de Telecomunicações. As embarcações miúdas devem ser dotadas de pelo menos um VHF portátil. Condições de estado do mar limitado até a força três na escala Beaufort = sete a dez nós de velocidade do vento, com ligeiras ondulações de trinta cm (um pé), com cristas, mas sem arrebentação; e não houver previsão de degradação das condições meteorológicas.

Onde se aplica

Na figura abaixo, extraída da própria portaria, está caracterizada a exata localização da área de restrição. Considerando todos esses elementos, registre-se que a postagem original do blog, lá em fins de agosto, não estava assim tão distante da realidade. Criou-se, sim, uma área de exclusão com potencial de afetar as atividades de profissionais do seguimento marítimo. Observe-se que é bem estreita a faixa costeira permitida à navegação entre o terminal da Guaíba até Conceição de Jacareí.