DIA DE FINADOS

Ao ultrapassar a marca de sete bilhões de habitantes no planeta terra, algumas questões sobre os mistérios da vida merecem reflexão. A primeira delas é que, nessa multidão, não existem duas pessoas iguais. A vida não se repete. Cada um de nós é único, exclusivo. Não há, nem nunca houve outro igual. A afirmação vale, inclusive, para os gêmeos idênticos, que podem ser muito parecidos na aparência, mas certamente serão diferentes na personalidade. Cada uma dessas pessoas, ao nascer, tem uma infinidade de possibilidades na vida. Podem se tornar cientistas famosos, ou obscuros agricultores. Podem vir a ser esportistas de renome, ou vendedores de artesanato. Podem desenvolver habilidades artísticas únicas, ou não se adaptarem à vida em sociedade. Tudo é futuro. Tudo é possível. Mas, sem nenhuma dúvida, tudo dependerá das oportunidades que nós, os que chegamos primeiro, ofereceremos a eles. Uma segunda reflexão diz respeito ao o quê fazemos com o tempo que nos é dado viver. As escolhas são personalíssimas, claro, mas será que damos orientação altruística ou egoísta às nossas vidas? Deixaremos saudades, boas (ou más) lembranças ou bens materiais “que as traças podem comer”? Uma terceira reflexão se refere à importância, diferenciação ou preconceito que muitos têm em relação a pessoas, grupos ou raças. Para avaliar (ou reavaliar) o quê fazemos de nossas vidas, basta observar esse exercício numérico simples: comparar cada ser humano a um grão de arroz. Se fossemos, todos, grãos de arroz, e considerando que 1 quilo de arroz tem aproximadamente 50.000 grãos e uma saca com 20 kg corresponda a 1.000.000 grãos, seriam necessárias sete mil sacas de 20 quilos (cento e quarenta mil quilos de arroz) para representar toda a humanidade. Invertendo o raciocínio. Dentro de uma dessas milhares de sacas, você é apenas um grão. Portanto, como se diz na gíria do futebol “baixe a bola” e não se dê tanta importância assim.

Autor: Prof. Lauro

Psicólogo, Professor Universitário, aposentado, e escritor, 72 anos, divorciado, três filhas e seis netos. Com residência de temporada em Itacuruçá desde 1950 e definitiva a partir da aposentadoria em 2001.

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